Sobre_ ALI_SE
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a árvore ao jardim

Interiormente


Por não presos dentro lá fora

Horas de um tempo presente futuramente


Abraçamos os sons gritantes do alívio das palavras que nos fogem


Apanhados na hora que nos desliga do preciso momento percebemos


Se não nos fizermos do nada que somos feitos nada se faz
poesia e fotografia de ALICE VALENTE
poesia e fotografia de ALICE VALENTE
Poesia e Fotografia de ALICE VALENTE

a razão intuitiva


(…) a respeito, de “emoção afirmativa”, de “sentimento do sim”, que faria aquiescer à realidade em seu todo. Há, na vida algo a que nos agarramos e que, apesar das vicissitudes, a torna preferível ao “néant”, ao nada, do qual o sentimento do não seria a expressão. Pode-se, aqui fazer referência a um belíssimo texto de JULIEN CRACG: «Por que a literatura respira mal», no qual ele faz uma distinção entre aqueles que, como Claudel, escrevem a partir de um “sim absoluto, eufórico, frente a tudo que advém, aqueles que têm uma formidável apetite por aquiescência”, para os quais escolher está fora de questão, para os quais tudo é bom, eventualmente até o mal, e aqueles que, como SARTRE, a partir de um “não inscrito na afectividade profunda”, a partir de um “não em parte visceral”. (...)... para observar que foi, antes, uma literatura e um pensamento do «não» que triunfou durante a modernidade.
(…)
… e agora que a Filosofia da História, naquilo que ela tem de linear e seguro, está saturada, pode-se imaginar que a “regressão” seja a expressão de uma energia que não tem mais futuro. Ela é semelhante a um refluxo que empurra as águas de volta para a desembocadura.
Num pequeno texto de grande finura, FERNANDO PESSOA imagina ou recria um diálogo fictício entre duas pessoas em um salão de chá. Ele conclui dizendo que mais que o “de um romancista, meu trabalho é o de um historiador. Eu reconstruo contemplando”. Pode ser que tal atenção não convenha ao cientista. Nem por isso ela deixa de traduzir a força da vida imaginativa, que não cria a partir de nada mas contenta-se em fazer sobressair a lógica interna de um fenómeno. Continuando com Fernando Pessoa em O LIVRO DO DESASSOSSEGO: “Há metáforas que são mais reais do que a gente que anda na rua. Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher”.
Por mais paradoxal que isso possa parecer há um poder da palavra que corresponde à potência das imagens. Num momento em que domina a sensibilidade estética, um e outro entram em sinergia; é precisamente o que funda a metáfora. (…)



MICHEL MAFFESOLI (sociólogo)
ELOGIO DA RAZÃO SENSÍVEL – Editora Vozes

QUE PAZ - QUE GUERRA

QUE PAZ
QUE GUERRA


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Poesia e Fotografia de
ALICE VALENTE ALVES

Só a ARTE garante imortalidade

EÇA DE QUEIROZ
ARTE É TUDO, tudo o resto é nada
EÇA DE QUEIROZ

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