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a árvore ao jardim

FHI - Falha Humana Intencional

A ambição materialista provoca o descontrole e o stress, e que estes, por sua vez, instigam a uma inveterada e intencional falha humana.
E porque é habitual assistirmos a uma inabilidade cada vez mais proliferante.
Inabilidade essa, fruto da incompetência que se tem generalizado e que até se tem ensinado como exemplo a ser seguido. Incompetência essa que por sua vez, se poderá intitular de Falha Humana Intencional, isto é, por obrigação a se ter de cumprir algo que está estipulado, numa qualquer moralidade e em que convenientes e manipuladoras leis instituídas, mostra-se que se cumpre para aguentar o peloiro, e porque até se diz que falhar é humano, vá então, de falhar-se propositadamente. Ou seja, não se está a cumprir com esse primeiro dos deveres enquanto seres que somos, dotados de uma ética e com a capacidade de continuarmos a trabalhar para uma mútua dignificação. Assim, a trabalhar-se ou a fingir que se trabalha para aquecer convenientemente o lugar e em que inúmeros lugares, está-se pois e efectivamente, a assistir a um abandalhar das instituições e em suas funções vitais. Quero com isto dizer que essa mesma incompetência, se tem difundido com uma naturalidade tal, em gente e mais gente cretina que reinam por aí, a contribuírem descarada e intencionalmente para o crescimento de mais e mais pobreza.
E nesta aspiração ou cobiça por um lugar no aquecer de lugares que se multiplicam por aí aos montes, irá inevitavelmente redundar numa crise que se anunciará para breve, e a vergonha chegará, e bater-lhes-á à porta, a transformar-se assim, no maior e no mais miserável dos desastres sociais.


«traço:verde-oliva» e o Museu de Lanifícios




«traço:verde-oliva», a 7ª cor das nove cores do «CORPOtraçoCORPO – a poesia e a pintura», para além das características enquanto cor do projecto no significado do advir da Verdade precisa, irei relacioná-la neste espaço exposicional com a importância do azeite para amaciar e alisar a lã, em que a lã era colocada ou ensopada, durante dias, em talhas de barro com azeite.
E será no dia 30 de Abril às 18h30 no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, na cidade da Covilhã que será apresentada esta minha nova cor, o «verde-oliva», e que inaugurará com a exposição de pintura e em suas correspondentes 9 obras em díptico.
A inauguração e apresentação do «traço:verde-oliva» do «CORPOtraçoCORPO – a poesia e a pintura» contará com a presença do Reitor da Universidade da Beira Interior, Prof. Doutor Manuel José dos Santos Silva, do Presidente do Centro Nacional de Cultura, Prof. Doutor Guilherme D’Oliveira Martins, da Directora do Museu de Lanifícios da UBI, Drª Elisa Pinheiro, do Presidente e Ex-Presidente do Núcleo de Estudantes Filosofia da UBI, respectivamente Joana Tarana e Guilherme Leitão e do Departamento de Comunicação e Artes, Prof. Doutor José Rosa, Director do Curso de Filosofia.



corredor das fornalhas

O MUSEU DE LANIFÍCIOS DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR instalado na área das Tinturarias da Real Fábrica de Panos, junto à Ribeira da Goldra, uma manufactura de estado, fundada em 1764 pelo Marquês de Pombal, e classificada em 1982 como Imóvel de Interesse Público, foi inaugurado e aberto ao público a 30 de Abril de 1992. Tendo como objectivo reabilitar e preservar a memória do trabalho dos lanifícios na cidade da Covilhã, o berço desta actividade em Portugal, através da reconstituição dos processos de fabrico e tingimento dos tecidos de lã, utilizados nos finais do século XVIII.

Actualmente integra três núcleos museológicos:

Núcleo da Real Fábrica de Panos – Situado no Pólo 1 da UBI, próximo da Ribeira da Goldra, com uma área de 750 m2 musealizada, correspondente aos espaços das antigas tinturarias pombalinas, que integram as salas de tinturaria dos Panos de Lã, das Lãs em Meada e das Dornas, o Tanque de Água e os Corredores das Fornalhas e que constituem as áreas de Exposição Permanente.
Criado em 1992, através de receitas próprias da UBI, foi instituído com a finalidade de salvaguardar a área das tinturarias da manufactura pombalina. Dedicado à fase da pré e proto industrialização dos lanifícios, este núcleo do Museu vive das estruturas arqueológicas e arquitectónicas preservadas in situ.
Trata-se de dez fornalhas, com as respectivas chaminés embutidas, destinadas ao assentamento de caldeiras de metal, em cobre e estanho, e de oito poços cilíndricos para assentamento de dornas de madeira.
O projecto de musealização procurou articular informações de natureza técnica (fabrico e tingimento dos panos de lã e construção de um espaço manufactureiro) e de natureza arqueológica e histórica.

Núcleo de Râmolas de Sol – Usado como estendedouro de lãs, com uma área global de 652,7 m2 , é inaugurado em 1998 para integrar o parque de estacionamento da UBI.

Núcleo da Real Fábrica Veiga – Sede e Centro de Interpretação dos Lanifícios - Com uma área global de 12.000 m2, ainda em fase de musealização, pretende ser representativo da evolução tecnológica ocorrida no âmbito da indústria dos lanifícios, durante os sécs. XIX e XX. Deste modo, na área de Exposição Permanente do Museu apresenta-se uma significativa colecção de máquinas e equipamentos têxteis característicos daquele período. O Centro de Documentação /Arquivo Histórico constitui igualmente uma estrutura da maior importância quer para a salvaguarda dos fundos documentais nele incorporados, provenientes de entidades públicas e privadas ligadas á indústria de lanifícios, quer para apoiar o desenvolvimento da investigação pluridisciplinar, particularmente na área das ciências sociais e humanas. Para além destas valências, a Real Fábrica Veiga compreende ainda uma área de Exposições Temporárias, uma Oficina/Ateliê têxtil destinada a um público diversificado, um Auditório com cerca de 50 lugares, uma área de lazer com Cafetaria e esplanada e um Parque de Estacionamento. Como Sede do Museu dispõe de uma especializada área técnica destinada à conservação e ao restauro, bem como de áreas diferenciadas de Reservas Gerais. Prevê-se a sua abertura ao público, em regime de horário normalizado, em finais de 2008.


Ler na íntegra, texto que me foi cedido pela Direcção do Museu de Lanifícios: >>> doc_pdf_Museu_Lanifícios


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«verde-oliva» e a importância do azeite na lã


«verde-oliva» e a importância do azeite na lã

Artesanalmente as ovelhas eram tosquiadas com uma tesoura própria após serem apanhadas e presas as patas. Este trabalho decorria durante os meses de Abril e Maio.
A lã era lavada na ribeira. E perto fazia-se uma fogueira, onde se punha uma panela para escaldar a lã em água a ferver. De seguida colocava-se a lã num cesto, para novamente na água corrente da ribeira e agitando a cesta pudesse sair toda a goma da lã.
Após secar nos juncos ou pedras da ribeira, a lã era batida ou varejada com paus, para depois ser separada.
A seguir, a lã ensopava-se em azeite ou seja, a lã era colocada em talhas de barro com azeite e onde permanecia durante vários dias, para ficar mais macia .
Depois de ser retirada das talhas de barro com azeite, era colocada a repousar em cestas, durante mais uns dias.
De seguida a lã estaria assim pronta, para ser cardada pelo cardador que o fazia com um utensílio de madeira e pregos.
Separada em pesagens de meio quilo, a lã amolecida e alisada pelo azeite, e já cardada, era enrolada em fusos pela fiadeira.
E para fazer os novelos, lavavam-se primeiro as meadas de lã, na água da ribeira com uma mistura de sabão e água. Após a lavagem, o enxaguar e a secagem nas pedras da ribeira, iam à dobadeira para a apresentação final em meadas ou novelos.
(…)

ALICE VALENTE


talhas para o azeite

Fotografias cedidas pela Direcção do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior


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>>> «verde-oliva» dia 30 Abril 2008 no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior


Artigo relacionado em ALI_SE: «traço: verde-oliva» e o Museu de Lanifícios

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