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a árvore ao jardim

A vontade em Kant

«(...) A vontade em Kant subordina-se a uma legislação da qual ela própria é autora e ainda a relaciona com a dignidade humana, ou seja para Kant, os afectos e os sentimentos, que são o que ele designa de inclinações, não são tidos em consideração, excluindo-os completamente da razão.
Para Kant: A vontade é uma faculdade de não escolher nada a não ser o que a razão, independentemente da inclinação, conhece como praticamente necessário...
E porque o dever em Kant antecede toda a experiência e em que a razão determina a vontade à priori, arrogou-se assim a dar especial realce ao verbo obrigar, à obrigação e ao dever, acabando por tornar imperativo o abandonar a autenticidade de se Ser e a deixar o homem dividido entre o mundo sensível e o mundo inteligível.

Para Kant o homem só tem deveres para com o homem.Pois mas a Arte, a Vida, a Terra, a Natureza, são feitas do sensível, de sensibilidades, de afectos, de sentimentos, do SENTIR! (...)»
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A energia das massas e a ambição de poder



São as massas que dão a energia ao poder e quando as massas privilegiam o poder, o poder sacrifica-as, tiraniza-as…
Embora se atente o contrário, a ambição de poder advém sempre de energias assentes em ideias destrutivas.
E sobre este tema e em que JOGO de VIDA divisível,
da
fartura e da escassez, do povo e do poder,
das
vitórias e das derrotas… da riqueza e da miséria...
numa enormíssima e assustadora ausência de ética e de estética,
deixo-vos para reflexão e análise, com estes três vídeos:

E PORQUE O PODER VAI ATÉ ONDE O DETÉM E DA EXCLUSÃO RESULTA A EXPLOSÃO

*


ESPINOSA e o objectivo da filosofia: a VERDADE


Resta, enfim, demonstrar que entre a fé, ou teologia, e a filosofia não existe nenhuma relação nem qualquer afinidade, coisa que não pode ser ignorada por ninguém que conheça o objectivo e o fundamento destas duas disciplinas em tudo divergentes. O objectivo da filosofia é unicamente a verdade; o da fé, como ficou abundantemente demonstrado, é apenas a obediência e a piedade. Depois, os fundamentos da filosofia são as noções comuns, devendo toda ela ser deduzida a partir apenas da natureza; os da fé, por seu turno, são as narrativas históricas e a língua, pelo que não podemos deduzi-las senão da Escritura e da revelação, conforme demonstrámos no capítulo VII. A fé, portanto, concede a cada um a máxima liberdade de filosofar, de modo que se pode, sem incorrer em crime, pensar o que se quiser sobre todas as coisas. Os únicos que ela condena como heréticos e cismáticos são os que ensinam opiniões que incitam à insubmissão, ao ódio, às dissenções e à cólera; em contrapartida, ela só considera fiéis aqueles que, tanto quanto a sua razão e as suas capacidades lhes permitem, incitar à justiça e à caridade.

Por último, e tendo em conta que o que nós aqui apresentamos constitui o principal objectivo do presente tratado, gostaria, antes de continuar, de pedir encarecidamente ao leitor que se dignasse ler com particular atenção e reexaminar, uma e outra vez, estes dois capítulos. Oxalá fique persuadido de que não escrevemos pelo desejo de introduzir novidades, mas para corrigir coisas que andam distorcidas e que esperamos, um dia, ver finalmente emendadas.

BENTO ESPINOSA, TRATADO TEOLÓGICO-POLÍTICO
Excerto do final do Capítulo XIV

Traço: verde-oliva na UBI até 29 Junho 2008



Até 29 de JUNHO de 2008
EXPOSIÇÃO de PINTURA das 9 Obras em díptico do
traço(cor):verde-oliva, a 7ª cor das nove cores do projecto
«CORPOtraçoCORPO - a poesia e a pintura» de Alice Valente

LOCAL:
Museu de Lanifícios da UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
Rua Marquês D' Ávila e Bolama - COVILHÃ
HORÁRIO DA EXPOSIÇÃO: Terça a Domingo das 9h30-12h00 e das 14h30-18h00


VISITAS GUIADAS

INFORMAÇÃO E PROGRAMAÇÃO
clicar >>> em www.e-cultura.pt


QUERO LÁ SABER

- Estado mental do mundo:

[Os que estão bem no quero lá saber para os que estão mal] – os privilegiados
[Os que estão mal no quero lá saber para os que estão bem] – os obrigados

O quero lá saber é uma forma ou modelo de relacionamento social, subjectivamente institucionalizado na nossa contemporaneidade. Todas as pessoas estão-se marimbando umas para as outras. Ignora-se e é-se ignorado, em prol de que inteligente ignorância, a ignorar-se o que não podemos nem deveríamos de ignorar. Mas eis que esta, é já a fórmula mais taxativamente delegada pelos exemplares responsáveis no deixa andar, deixa acontecer, deixa estragar… não faz mal! Num QUERO LÁ SABER e depois logo se verá!

E existem responsáveis por tudo isto
E existem instituições
E existem estados
E existem governos
E existem políticas
E economias
E seitas
E empresas…

Mas o que é que estão a fazer estes grupos dos que fazem e fabricam este mesmo estar do QUERO LÁ SABER ? ? ?
-
Institucionalizaram esse mesmo quero lá saber ! ! !

E todo este quero lá saber, generalizou-se por completo numa caricata generosidade dos privilegiados aos obrigados.
E nestas formas de mandar e de ordenar em estilos de dizer, escrever ou falar, e depois de viver, oiça e analise o que por aí se vai afirmando, publicamente:
O político;
O professor;
O economista;
O empresário;
O jornalista…

E embora de uma afeita cordialidade, é de uma enorme crueldade este QUERO LÁ SABER, tomado como um novo modo de estar, de mandar e de fazer, levado a um derradeiro e obrigatório quero lá saber.

É a nova e psicológica moda do quero lá saber, eu estou mais ou menos, eu sobrevivo, ah e depois há quem esteja pior que eu, e vá de se viver neste quero lá saber.

Se ao político, ao professor, ao economista, ao religioso, ao empresário, ao jornalista, ao mercador, ou a todo aquele que ganha, que delega ou que compra sem mais preocupações e ainda que tenha muito ou pouco dinheiro para conseguir viver nesta atroz sobrevivência, e a estragar ou não, no muito ou pouco de deitar ao lixo o que é a carência de muitos outros. E se a todos estes, um dia e num só e único dia, lhes faltar o pão e a comida para a boca, quero ver se continuarão a usar esta forma de se alimentarem numa relação com o mundo e com as pessoas neste doentio estado de um QUERO LÁ SABER.

OS ERROS DO JORNALISMO

O Jornalismo vendeu-se à publicidade

Sempre achei dispensável as publicidades forçosas de produtos que não abonam ao bem estar de uma sociedade em geral. E cada vez existem mais produtos que nada interessam serem transaccionados e consumidos. E porque serão esses mesmos, que acabam por ser os mais publicitados?
É que os jornais ou as empresas jornalísticas e em seus profissionais que por fascinados com a negociável imagem manipulável de produtos e coisas, venderam-se completamente à publicidade e em seu mortífero deslumbramento.
E eis ao que já estamos a assistir, os jornais ou as empresas e em seus profissionais jornalísticos desviaram-se definitivamente dessa primeira das suas funções, o de dar a notícia em primeira mão e em prol de uma verdade e de um bem humanitário ou comunitário e a transformaram-se numa qualquer inversa situação. Em que neste momento, os jornais foram já convertidos à oferta da notícia enquanto notícia, por uma qualquer publicidade que os garanta vivos num novo tipo de subserviência e sobrevivência do insustentável. E ao que se assiste, é a publicidade que usa os jornais e a notícia, em que o jornal em si, deixou de dar notícia como a sua mais-valia, a dar-se em primeira lugar à publicidade e a colocar o fundamento da notícia para um segundo e subalterno plano, deixando assim ater a notícia ao que a publicidade lhe possa dar num mísero valor.
E já todos os jornais, revistas, editoras, etc… estão por aí assim, a subalternizarem-se a algo ou à publicidade que não os tem favorecido em nada e porque jamais os poderá vir a favorecer.
Agora pergunto eu, como é possível estar-se a assistir a toneladas de papel deixados ao lixo todos os dias, em inúmeros jornais grátis que estão a ser entregues às entradas dos metropolitanos das cidades? São ridículas as pessoas que com toda a desenvoltura, pegam nesses jornais grátis, os lêem com toda a altivez a tentarem mostrar que estão a aprender alguma coisinha e ao terminarem a sua viagem é de seguida deitado ao lixo. É impressionante como isto pode ser permitido!
É que essas notícias são igualmente fabricadas da mesma forma que o são as suas publicidades.
Claro está que esta forma um tanto ou quanto anormal de se comunicarmos entre culturas, através da notícia e do jornalismo, teria inevitavelmente de surgir em outras novas formas de nos vermos com a notícia a ser dada com toda a verdade, e por isso o ressurgimento de blogues e da blogosfera numa nova forma de se dar a notícia e em sua divulgação com toda a seriedade que merece.
É que divulgar não é o mesmo que publicitar.
Divulgar é dar a conhecer algo que foi feito, que está a ser feito ou que irá ser feito e publicitar é o forçar essa divulgação a alterar-lhe o seu verdadeiro sentido através de estratégias, marketings e em suas agências publicitárias, a tentar favorecer uns no desfavorecimento de outros tantos, é pois e em suma, este um dos grandes males das leis do mercado.
Tenho ainda a dizer que a publicidade aí está e também na net, e a tentar agarrar-se com unhas e dentes à blogosfera, aos blogues, e aos vícios jornalísticos de certos blogues de jornalistas, de se verem com muitas vendas e em suas audiências, a pensarem que a vida, se faz numa inaudível concentração de carneiradas obedientes às leis vigentes e a vendermo-nos por um tudo e nada, a tudo e a todos, o mais possível.
A blogosfera para além das muitas formas de comunicação e dos seus intervenientes e em sua divulgação tem vindo a dar espaço a que livremente por aqui se circule sem imposições de nos termos de vender forçosamente àquilo com que não nos identificamos. E é precisamente nesse estar, onde muitos de nós nos situamos e que por aqui nos vamos encontrando.
Eu por exemplo jamais daria a possibilidade de estar a permitir que se publicitasse neste meu espaço, coisas e produtos que serão de algum ruído tanto para mim como para todos aqueles que me possam visitar.
E por isso considero que a net, a blogosfera e os blogues, em toda essa interacção e comunicação, têm vindo a dar a possibilidade de sermos mais autênticos e cada vez mais interventivos, e que só assim numa participação e intervenção activa de cada um de nós, poderão surgir novas soluções para os graves problemas da nossa actualidade.

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