Sobre_ ALI_SE
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a árvore ao jardim

Crise enquanto cultura e o lugar do pensamento


Não há labor à volta da cultura, da criação ou do cultivo do novo. E talvez por um qualquer medo, trabalha-se unicamente à volta do territorial e institucionalizado velho, numa tentativa de ainda, conservá-lo como novo. E aqui estamos nós, pois, nesta comichosa conservação do que está parado, na manutenção da inércia e a querer-se continuar a obrar sem pensar no cuidar, na estima ou no prazer. É que não nos diluímos nestes tipos de prazerosos gozos de quais vidas e em que enigmáticas ausências da desconcertada novidade do sem novo.
Terei ou teremos de fazer ensinando, a não permitir viver nesta estagnação de uma contínua massificação e em que mumificações do Ser. E por se trabalhar a ensinar o antigo, não existe uma procura de conviver e viver as novas das muitas experiências em assentes práticas individuais do contínuo desenvolvimento do pensamento de cada pessoa. Procura-se sim, rentabilizar o que de limitado e por tão delimitado se tem aprendido, a consumir e a esgotar-se todas as energias num único campo, o do consumo imediatista e não contributivo para o que ficou, e assim como para o que vem ou que poderá vir, enquanto perspectiva edificante do outro. Pensamentos contidos estes em desgaste e erosão humanitária, tratando-se de mais um uso de pessoas por coisas ou como de mais um uso dos já muitos lugares de pessoas e coisas pré-destinados a um não-lugar.


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