Sobre_ ALI_SE
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a árvore ao jardim

Ministério da Cultura faz-se às 'obras' de betão !


Notícia do PÚBLICO no dia 25 Junho 2010
(...)
Uma das iniciativas que se podia pensar cair: o Museu dos Coches, que, face à situação dos museus existentes, foi dado como um “esbanjamento” quando anunciado pelo seu antecessor, José António Pinto Ribeiro.
Temos dito até à exaustão que o Museu dos Coches não é pago pelo MC e sim pelas contrapartidas do Casino. Temos custo zero relativamente ao Museu dos Coches.

As do Casino, não são verbas que se poderiam ser alocar a outros projectos?
Não. Nem passam pelo MC. São como o [Teatro Nacional de] São Carlos, o Dona Maria, o São João. São verbas que vêm do Ministério das Finanças.

A transferência do Museu Nacional de Arqueologia é outro caso.
Esse faz parte do nosso orçamento. As verbas para os estudos que estão a ser feitos são nossa responsabilidade. E não serão afectadas a ponto de não podermos prosseguir na fase em que estão agora.
(...)
*

Cenário dramático? O drama faz-se segundo as conveniências! Vejam lá se as grandes obras arquitectónicas vão ser afectadas? Não! Já assim foi com os agigantados estádios de futebol construídos em 2004 em tempo recorde e a justificarem sempre que seria benéfico para a Economia e para o Turismo... está à vista no que deu! Dinheiro mal gasto em dinheiro desviado de todos os ministérios e da cultura também, para agigantadas construções de mais e mais 'elefantes brancos', que só nos têm encaminhado para onde? Para a miséria!
Mas ainda insistem que assim tem de ser! E ainda tentam continuar a atirar areia para os olhos de toda a gente! Qual cenário dramático, qual quê ? ? ?

Não se justifica existirem instituições e em seus responsáveis a receberem avultados quantias e a não saberem gerir as verbas para as quais são destinadas. E a não exercerem assim, devidamente as funções para as quais essas mesmas instituições foram edificadas.

Então, que se extinga o Ministério da Cultura de uma vez por todas e com ele também o Ministério da Educação e que só exista então os tais Ministérios de Turismo, das Economias, da Finanças e Obras Públicas e em vidas fáceis de uns quantos a se fazerem a muitos e demais jogos em casinos  e às tais obras de betão, na empobrecida e miserável 'vida boa' para toda a vida .  

E depois ? ! 



O encanto




O ENCANTO

Mesmo que o Homem tente atraiçoar a beleza do Mundo
O encanto ao que é belo não desiste
e acaba sempre por surgir 
A tocar-nos.
*




Aclamar o pôr fim


José Saramago morreu hoje em sua casa, na ilha espanhola de Lanzarote ...


*
À entrada estão os levitas à espera dos que vêm oferecer sacrifícios, porém neste lugar a atmosfera será tudo menos piedosa, salvo se a piedade era então compreendida doutra maneira, não só é o cheiro e o fumo das gorduras estorricadas, do sangue fresco, do incenso, é também o vozear dos homens, os berros, os balidos, os mugidos dos animais que esperam vez no matadouro, o último e áspero grasnido duma ave que antes soubera cantar. Maria diz ao levita que os atendeu que vem para a purificação e José entrega as rolas. Por um momento, Maria pousa as mãos sobre as avezinhas, será o seu único gesto, e logo o levita e o marido se afastam e desaparecem atrás da porta. Não se moverá Maria dali até que José regresse, apenas se aparta a um lado para não obstruir a passagem, e, com o filho nos braços,espera.
Lá dentro é uma forja, um talho e um matadouro. Em cima de duas grandes mesas de pedra preparam-se as vítimas de maiores dimensões, os bois e os vitelos, sobretudo, mas também carneiros e ovelhas, cabras e bodes. Perto das mesas encontram-se uns altos pilares onde se dependuram, em ganchos chumbados na pedra, as carcaças das reses, e vê-se a frenética actividade do arsenal dos açougues, as facas, os cutelos, os machados, os serrotes, a atmosfera está carregada dos fumos da lenha e dos coiratos queimados, de vapor de sangue e de suor, uma alma qualquer, que nem precisará de ser santa, das vulgares, terá dificuldade em entender como poderá Deus sentir-se feliz em meio de tal carnificina, sendo como diz que é, pai comum dos homens e das bestas. 
(...)


Desenho de ALICE VALENTE

(...) 
Imaginava a horrível matança, os soldados entrando nas casas e rebuscando os berços, as espadas golpeando ou cravando-se nos tenros corpinhos descobertos, as mães em loucos gritos, os pais bramindo como touros acorrentados, e imaginava-se a si próprio também, numa cova que nunca vira...
(...)
Quando Maria desapareceu na fundura cinzenta de um vale, Jesus, de joelhos, gritou, e todo o seu corpo lhe ardia como se estivesse a suar sangue, Pai, meu pai, porque me abandonaste, que isto era o que o pobre rapaz sentia, abandono, desespero, a solidão infinda de um outro deserto, nem pai, nem mãe, nem irmãos, um caminho de mortos principiado. De longe, sentado, no meio das ovelhas e confundido com elas, o pastor olhava-o. 
(...)

JOSÉ SARAMAGO - Excertos do Livro: O Evangelho segundo Jesus Cristo


O que se quer ? !

Que acontecerá aos mal intencionados, quando já não tiverem a quem dirigir as suas más intenções ?

- E após tudo já estar desvirtuado, destruído e despegado da origem, vão sentar-se à soleira de suas portas esperando ainda assim, a freguesia dos muitos e ricos clientes que luxuosa e turisticamente, lá foram empobrecendo ! ?

E sobejamente às quais perdidas vítimas que tentam culpar,  estas um dia amedrontar-se-ão, e olhai oh reino dos salvadores de quem não mais se revoltará, por tudo o que virá a deixar de ser, ao muito que ainda assim, se quer por ganho !


A impossibilidade




A IMPOSSIBILIDADE  
À estranheza que entranha 
Distante e assustador é o olhar
E por possível, descoordena-se. 
*





Estar e Ser

Estar ou não estar. Ser ou não ser. Eis a fatalidade!

Também em tempos de descobridores de um tempo de Descobrimentos dividiu-se o mundo territorialmente, a faixa divisória em duas partes, a terra e as terras, o território e os donos de papados reinos, impunham regras de um brutal domínio por riqueza imperial. Mas pela impossibilidade de cumprimento de tal dever em divisão do mundo de qual território, e apesar do muito sofrimento infligido, tudo se alterou, naturalmente.

E estamos nesses mesmos tempos, e aos que insistem em dividir para fechar território e reinar, um dia igualmente mudará este conceito e a transformação acontecerá. E para satisfazer as necessidades do Homem por território e por que territorialidades, estamos prestes a assistir a um novo conceito de território, mas virtual. E o território será outro, não o da terra ou das terras, mas sim o da virtualidade concebida pelas tecnologias e já muito presente na internet. E é interessante que, pela alteração já feita e pronta a uma transformação ainda maior, o território d’ agora é um território virtual, cabe-nos a todos descobrir o mundo no mundo de cada um de nós, longe da territorialidade e de regras impostas, é o outro território, é um outro território, é o território da vida, é o território do Ser. E mesmo que avancem à descoberta, unicamente a querer dominar por vias das tecnologias, que é o que tem vindo a acontecer, são por sua vez esses mesmos meios técnicos que ajudarão ou encaminharão, através dos que inevitavelmente farão delas bom uso, numa suposta possibilidade de não mais existirem fronteiras nem territórios das impositivas regras e nas respectivas leis direccionadas ao desumano.

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