Sobre_ ALI_SE
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a árvore ao jardim

APREÇAR a vida

...
PREÇO do DINHEIRO: ______________________ARTE não tem PREÇO:

Competir ____________________________ Humanizar
Concorrência ________________________ Valorização
Lixo ou luxo ________________________
Preservar
Abandonar ___________________________
Cuidar
Amor ou ódio ________________________ Felicidade
Indiferença _________________________ Sensibilidade
Guerra ou paz _______________________ Harmonia
Destruir ____________________________ Criar
Ignorar _____________________________ Pensar
Jogar _______________________________
Compor
Cumplicidade ________________________ Ajudar

Vontade _____________________________ Desejo
Querer ______________________________ Gostar
Poder ou gozo _______________________ Prazer
Dever _______________________________ Devir

Voluptuosidade ______________________ Virtude
Sofrimento __________________________ Dor
Depressão ___________________________ Tristeza
Stress ______________________________ Empenho e esforço

Disciplinar _________________________ Educar
Instruir ____________________________ Ensinar a aprender
Doutrinar ___________________________ Descobrir
Estéril _____________________________ Fecundo
Efémero _____________________________ Etéreo

Separação ___________________________ União
Negligência _________________________ Atenção e cuidado
Impotência __________________________ Crescer
Razão cínica e arbítrios ________________ Razão/Verdade
Proibição, limitação e opressão
____________ Salvação/Libertação
Inteligência:cordial,emocional e mais
________ Entendimento
Conhecimentos
_______________________ Conhecimento
Sustentável(turismo,economias e políticas)
____ Ética e Estética
Mortal ______________________________ Eterno

...
*
Formulei e preparei cuidadosamente esta minha lista das palavras em dualidades e duplicidades de equilíbrios contraditos ao que nos apraz nestes dois diferentes lados do apreçar vidas e em cujos títulos, aqui irei continuar a desenvolver. E como reflexão, olhados de um e de outro lado da mesma linha, são estas as questões do meu desassossego pela enorme e crescente desproporção que nos têm assistido. Assim e de igual modo são estas mesmas temáticas que estão presentes no meu trabalho no âmbito da CRIAÇÃO ARTÍSTICA, nos projectos da IMAGEM (Poesia e Pintura, Poesia e Desenho, Poesia e Fotografia) e que se encontram on-line no E-Cultura (portal de divulgação cultural do Centro Nacional de Cultura).
Muito em breve irei também utilizar este meu blogue para a complementação dessas mesmas informações.
E porque, a ARTE assim como a VIDA, não têm preço!




Vira-se a DANÇA


Incessantemente confiantes / Ocultam-se as chamas / Haveremos de nos calar para sempre / Ainda vivos como mortos à nascença / Torturando por igual em demissão / Ou a submissão realça a tradição mortífera / De bem em todo o mal nascidos / De quando em quando vivos / A matar para todo o sempre…

Poesia e Desenho de ALICE VALENTE ALVES

sombra acesa

Numa longínqua estrada
Tão distante
Tão distante
Aproximas-te

Naquele espaço de águas
Próximas são as partidas

E aquela terra
Da música em sons
Esperando pelos dias
Pelos muitos dias distantes

Pianos rasgam crepúsculos

Azuis e verdes
Dentro e fora de casas
Tempos de agora antigamente
Procurados à estrada de terra
Daquela terra
A terra ida

Pensas no grito que te arranhou
E soam todas as tuas vozes
Esperando pela ida sem regresso

Comer
Comer ao sabor de um desejo
De não querer mais
E ao sair da gruta
Chega-te o alimento indisponível
De um aconchego

Da ave que poisa
E se eleva em céus livres
Sombras afiadas
De uma noite iluminada.

Poesia e Fotografia de ALICE VALENTE

CAMINHA-SE

Em piedade, compaixão e caridade…

Não está na moda dar-se uma esmola a um pedinte.

Mas está na moda ser-se piedoso para com os outros, mesmo que esses outros não careçam dessa compaixão de piedosas caridades.

E a moda maior, a actual, a moda contemporânea dos afortunados, é enriquecer à custa de todos os desgraçados, de todos os doentes, dos que nada têm e até de todos os pedintes… È ver as inúmeras instituições bancárias, hospitalares, o jogo e as misericórdias, as organizações sem fins lucrativos com os de ditos voluntariosos, por aí fora com tantas santas casas… Todos benditos e arregalados que se prostram ajoelhados à espera que mais pobretanas, ignorantes se tornam fiéis e compactuem com todas as suas interesseiras, cúmplices e seguras falsidades. Dá-se-lhes o «adubo» ou remédio, na dose ideal, para que progridam em necessária e adequada miséria…

Caminha-se assim a bem da mentira, de muitas mentiras, da mentira maior, a de se saber que a mentira é imposta numa verdadezinha verdadeira, ou seja, há que viver em verdadeira mentira. E assim, todos terão de continuar muito bem, ordeira e até orgulhamente mentirosos. Em suma há que aprender-se a viver numa cordial esperteza de «sacar» o máximo dos vencidos e dos prostrados, dos distraídos e também dos que trabalham, batalham e têm muita vontade de serem assim também «gente» nesse reino tão piedoso, do ter pena do outro, dos outros, de tudo e de todos...

Prossigamos então com toda esta doença!
Ah, a doença, mas a doença é o maior bem da sociedade!... Quanto mais doenças houver, tanto melhor, há pois que pesquisar de forma freudiana, frenética e esquizofrenicamente até se inventar malefícios em tudo, tudo… em tudo e em todos, sem excepção! Para que assim possam ocorrer mais e mais profissões, profissões piedosas, psicologicamente úteis e interessantes, de bons, fáceis e serenos empregos, em seus grandes e benditos salvadores, na sempre tão cómoda, hábil e astuta forma de imputar responsabilidades aos outros por existirem e nascerem tão doentinhos e ainda lhes virem bater à porta!...
Ah, e se a mulher for tontinha e continuar subjugada, tanto melhor, porque assim mais reinos e familiares reinados se instalam dentro deste mundo tão malignamente bendito.
Ah… e ainda há que dizer «sim» ou «não»!... Exacto!...
Basta simplesmente dizer «sim» ou «não» como se a vida de um jogo se tratasse.

Ordena-se A ESCOLHA!... E obedece-se à vontade de quem dita, é muito fácil! …
Diga-se unicamente «sim» ou «não» para que a mentira continue a imperar por aí fora, a tomar lugar e lugares em tantas verdadeiras vidas tornadas numa conveniente e doentia mentira, feita da passiva, permissiva e caridosa compaixão aos tão necessários e necessitados desafortunados de má fila.


ALICE VALENTE

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