Jornal Público, 16 Novembro 2006
A Cultura é um sector em pleno crescimento segundo o relatório de um estudo da União Europeia...Entrevista com PHILIPPE KERN
Philippe Kern, director da KEA Public Affairs Consultancy, respondeu por telefone a algumas perguntas.
PUBLICO (Joana Gorjão Henriques) – O que mais o surpreendeu neste estudo?
PHILIPPE KERN – Foi a importância económica do sector cultural em relação a outros. É importante constatar que, na implementação de políticas europeias, a União Europeia (EU) não se deu conta deste sector. A inovação está na agenda da EU e numa óptica da componente tecnológica. O que mostramos é que a EU deve reflectir sobre a importância da criação, porque é um ponto em que é competitiva a nível mundial.
Quais são os pontos fortes dos países ricos e dos países pobres?
Não fizemos uma comparação desse género. O mercado europeu é fragmentado por razões linguísticas e as pequenas e médias empresas têm lugar tanto em países grandes, como em pequenos. A vantagem dos grandes países é terem uma grande população e empresas muito importantes. Mas mesmo num país pequeno a importância económica do sector cultural é, às vezes, tão grande como nos outros.
Quais foram as principais conclusões sobre Portugal?
Portugal beneficia de uma característica linguística interessante – é um país pequeno, mas a sua língua fala-se no Brasil e em África. E isso é uma oportunidade de exportação e troca que não existe noutros países pequenos. Mas infelizmente há poucas informações sobre trocas comerciais.
Que papel é que os Estados-membros da EU devem ter em relação ao investimento neste sector?
Já há países que dão importância a este sector: o reino Unido, os Países Baixos, a Finlândia, a Suécia, a França. Constatámos que têm uma vontade política de apoiar estas indústrias por razões competitivas.
E há uma relação entre a riqueza dos países e esse investimento?
Se tivessem estatísticas, todos os países investiriam neste sector. O interesse pelo sector tem a ver com a tomada de consciência e esta tomada de consciência é um movimento recente, tem mais ou menos cinco anos. Porque esta é uma questão de vontade política. Espero que este estudo contribua para olhar de maneira diferente para este sector.
Qual é o papel dos financiamentos estatais?
O apoio estatal é importante por razões sociais. O sector público intervém sem saber qual é o retorno do investimento. E há um retorno, não é dinheiro perdido. Damos como exemplo o Museu Guggenheim de Bilbau: a cidade estava em declínio económico e salvou-se por causa do museu.
Philippe Kern, director da KEA Public Affairs Consultancy, respondeu por telefone a algumas perguntas.
PUBLICO (Joana Gorjão Henriques) – O que mais o surpreendeu neste estudo?
PHILIPPE KERN – Foi a importância económica do sector cultural em relação a outros. É importante constatar que, na implementação de políticas europeias, a União Europeia (EU) não se deu conta deste sector. A inovação está na agenda da EU e numa óptica da componente tecnológica. O que mostramos é que a EU deve reflectir sobre a importância da criação, porque é um ponto em que é competitiva a nível mundial.
Quais são os pontos fortes dos países ricos e dos países pobres?
Não fizemos uma comparação desse género. O mercado europeu é fragmentado por razões linguísticas e as pequenas e médias empresas têm lugar tanto em países grandes, como em pequenos. A vantagem dos grandes países é terem uma grande população e empresas muito importantes. Mas mesmo num país pequeno a importância económica do sector cultural é, às vezes, tão grande como nos outros.
Quais foram as principais conclusões sobre Portugal?
Portugal beneficia de uma característica linguística interessante – é um país pequeno, mas a sua língua fala-se no Brasil e em África. E isso é uma oportunidade de exportação e troca que não existe noutros países pequenos. Mas infelizmente há poucas informações sobre trocas comerciais.
Que papel é que os Estados-membros da EU devem ter em relação ao investimento neste sector?
Já há países que dão importância a este sector: o reino Unido, os Países Baixos, a Finlândia, a Suécia, a França. Constatámos que têm uma vontade política de apoiar estas indústrias por razões competitivas.
E há uma relação entre a riqueza dos países e esse investimento?
Se tivessem estatísticas, todos os países investiriam neste sector. O interesse pelo sector tem a ver com a tomada de consciência e esta tomada de consciência é um movimento recente, tem mais ou menos cinco anos. Porque esta é uma questão de vontade política. Espero que este estudo contribua para olhar de maneira diferente para este sector.
Qual é o papel dos financiamentos estatais?
O apoio estatal é importante por razões sociais. O sector público intervém sem saber qual é o retorno do investimento. E há um retorno, não é dinheiro perdido. Damos como exemplo o Museu Guggenheim de Bilbau: a cidade estava em declínio económico e salvou-se por causa do museu.
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Sendo a Criatividade e a Imaginação os chavões da Educação.
É na Arte que está para além da técnica com as manifestações da perfeição do artístico como a parte mais importante daquilo que somos e na salutar compreensão do entendimento do mundo em sua Natureza.
Sendo a Criatividade e a Imaginação os chavões da Educação.
É na Arte que está para além da técnica com as manifestações da perfeição do artístico como a parte mais importante daquilo que somos e na salutar compreensão do entendimento do mundo em sua Natureza.
E PORQUE SEM CULTURA NÃO EXISTE EDUCAÇÃO.
É ainda através da Cultura que poderá tornar-se sustentável a inovação e o desenvolvimento.
É ainda através da Cultura que poderá tornar-se sustentável a inovação e o desenvolvimento.