Não sei quem virá
Para dizer quem fez tudo aquilo
Tudo aquilo que por errado
Por tão errado
Era certo
Era o credo da certeza dos incrédulos
E seguimos obrigados a deixarmo-nos ser
Ser dos seres do querer de todos os incrédulos
E esbracejando lutámos, lutámos, lutámos
Para quê
Para diante da cruz
Repetir palavra a palavra
Dizendo, dizendo, dizendo o que estás a fazer
É incerto na certeza de não sabermos
Onde estamos ao certo
De jamais o saber se prega em cruzes
De ladainhas que nos fazem
Não Fazer
E lá longe ouve-se um outro grito
Mais um
Mais que não me verão
Que não me dirão
Que aceitem mais regras
Das obras que não nos ditam