Vincent van Gogh (1853 – 1890)
(...)
A cor também foi fundamental para Van Gogh. Quando chegou a Paris, em 1885, encontrou o grupo impressionista, e o uso da cor foi de facto uma revelação para ele. Mas a personalidade de Van Gogh, simplesmente não lhe permitia a atitude objectiva dos artistas do grupo. Monet, por exemplo, que viveu na maior pobreza até aos cinquenta anos, jamais mostrou sua tristeza ou sua comoção pessoal. Quando nasceu seu primeiro filho, ele não tinha dinheiro sequer para comprar pão e leite para o recém-nascido e para a mulher. Ele escrevia cartas aos amigos, principalmente Degas, que lhe davam algum dinheiro (…). No entanto nada disso transparece nos seus quadros. Para Van Gogh, essa objectividade ou distanciamento entre as próprias emoções e a expressão era impossível.
Mesmo preservando o princípio da complementaridade, ele saiu do Impressionismo, transformando cada pequenina mancha em um traço, em uma pincelada rítmica, usando a complementaridade das cores como um elástico: um amarelo vai para um amarelo um pouco mais esverdeado, para um verde, para um laranja, até, no final surgir uma área onde tons azuis conseguem, digamos, fechar a complementar. Portanto, o teor dramático altamente tenso dos quadros, resulta não só da pincelada – que é como uma pincelada «stacatto», muitas vezes brusca, mas sempre rítmica – mas também do modo como as cores são usadas. Isso, que é tão interessante, os psicanalistas não percebem: Van Gogh usou cores quentes; tratou da produtividade da vida, jamais foi mórbido, ele tinha grandes problemas, a ponto de suicidar-se aos 37 anos; mas sua obra queria viver, não queria morrer.
(...)Mesmo preservando o princípio da complementaridade, ele saiu do Impressionismo, transformando cada pequenina mancha em um traço, em uma pincelada rítmica, usando a complementaridade das cores como um elástico: um amarelo vai para um amarelo um pouco mais esverdeado, para um verde, para um laranja, até, no final surgir uma área onde tons azuis conseguem, digamos, fechar a complementar. Portanto, o teor dramático altamente tenso dos quadros, resulta não só da pincelada – que é como uma pincelada «stacatto», muitas vezes brusca, mas sempre rítmica – mas também do modo como as cores são usadas. Isso, que é tão interessante, os psicanalistas não percebem: Van Gogh usou cores quentes; tratou da produtividade da vida, jamais foi mórbido, ele tinha grandes problemas, a ponto de suicidar-se aos 37 anos; mas sua obra queria viver, não queria morrer.
O conjunto de imagens das Obras de Van Gogh que se seguem são do site do Museu Van Gogh em Amesterdão: www.vangoghmuseum.com/
Imagens das Obras de Van Gogh - Museu Van Gogh em Amesterdão: www.vangoghmuseum.com/