QUE AMOR
Revolta contra o Amor
Que é terno, que é frágil, que é belo
Ou revolta contra o ódio que não ama
Que apaga, que destrói, que é feio.
E após a destruição
Ainda se espera por um pouco
Só por um pouco do que ainda resta
Da sensível beleza fragilizada
Ainda e sempre com o mesmo nome
Amor
Esperado do nada
Transformado
Em esperança do resto do nada
Esperado
Ainda assim...
Onde estão as luzes apagadas
Que brilhavam
Amor
Esperado do nada
Transformado
Em esperança do resto do nada
Esperado
Ainda assim...
Onde estão as luzes apagadas
Que brilhavam
Iluminando todo o teu espaço
Insurreições de uma volta cíclica
E de quando em quando
Senta-se à mesma mesa do consumado amor
O resto do início esperado
Confunde todos os prenunciadores
De agora e de outrora
Instalado em suas regaladas instâncias
Coopera
E atreve-se a antever o dia seguinte
Ódio cúmplice de que amor libertado
Amor fechado em portas das sete chaves
Reis e rainhas alegraram-se em tantos ganhos capitais
E agora igualmente se traduzem em verbais
Conceitos da maior das leis consumíveis
Ódio do Amor ou amor por ódio