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a árvore ao jardim

Festival TEMPS D'IMAGES - 10 a 15 Dezembro 2007

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Quatro anos depois da sua primeira edição “o cinema à volta de cinco artes cinco artes à volta do cinema”, realizada em conjunto com a Cinemateca Portuguesa em 2003, o cinema regressa ao Temps d'Images para evocar as relações desta arte com as outras artes.

Em 2007 é sob o ângulo da coreografia que esta programação será abordada sem recorrer ao tipo de comédia musical, a fim de melhor dar a ver como a coreografia pode estar presente no cinema sem que seja necessário tratar-se de um filme de dança.

O que se procura mostrar é uma coreografia cinematográfica que joga com o movimento (ou a imobilidade) dos corpos, com os ritmos, as deslocações no espaço (quer se trate de um quarto, de uma cidade ou de grandes espaços abertos...), o seu abrandamento ou aceleração ou ainda a coreografia da própria câmara.

Serão apresentados neste contexto filmes de longa e de curta metragem, que se irão cruzar e dialogar com filmes experimentais de todas as épocas. Trata-se de uma programação esboço, em 13 sessões, que procura olhar o cinema pelo interior e abrir algumas pistas sobre o tema do cinema como coreografia.

Estarão presentes nas sessões para animar um diálogo entre todos os participantes e os espectadores, e também com realizadores e coreógrafos portugueses, Jean-André Fieschi (realizador, crítico de cinema), Cyril Neyrat, Hervé Aubron, Stéphane Delorme, Cyril Beghin (críticos nos Cahiers du Cinéma, Vertígo etc.), Ricardo Matos Cabo (programador de cinema),

Esta programação é coordenada por Pierre-Marie Goulet e Teresa Garcia em conjunto com João Bénard da Costa e a Cinemateca Portuguesa, com a colaboração de Cyril Neyrat, Ricardo Matos Cabo e Stefani de Loppinot.

Um catálogo que inclui textos inéditos de todos os participantes acompanha este Ciclo.

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CINEMATECA PORTUGUESA

- MUSEU DO CINEMA -

Rua Barata Salgueiro, 39 1269-059 Lisboa
Transportes: Metro: Marquês de Pombal, Avenida
Bus: 2, 9, 36, 44, 45, 90, 91, 732, 746
Informação diária sobre a programação: Tel. 21 359 62 66
Horário da bilheteira: De Segunda a Sábado, 14:30 - 15:30 e 18:00 - 22:0
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PARAGEM

Vamos todos aprender no ensinar a não fazer
Vamos ser a não fazer nada do que sabemos fazer
É assim que interessamos
É assim paciência
Sim, vamos simplesmente imitar os que não fazem
E fazer que fazemos
A deixar que a morte se antecipe nessa ordeira e fatal vida
Deixemos pois que se faça vivas a essa vida morta logo à nascença


Bebe um só trago dessa água que sabes que te irá contaminar
E verás como te sentirás da tua embriaguez
Toma mais
E deixa-te com todos os remédios que te aconselham a estar nesta vida
Deixa-te levar por aí por toda essa subtracção que te colhe os sentidos
E ensaia-te experimentando todos os dias a remar nesse contrário
E ao longo de um pouco do muito do teu tempo
Verás como te sentes
Que cansativa e rasteira vida
Doem-te as costas e sentes o quanto se está parado
E os outros, os que fazem que fazem que estão fazendo
E simplesmente fazem porque fazem
Ou porque têm de fazer porque é assim e paciência
No porque há ainda muito para contaminar no depois curar a lucrar
Ah, esses também estão bem mal
Sim, esses que se afogam de contentes
Os do ora-sim-ora-não ou os tais de vencidos ou vencedores dessas lides
São estas resumidas e iguais vidas todas mal paradas
Neste pouco sentido do muito, que não se pode fazer, porque é assim paciência
Valham-nos pois os deuses, que se alegram desta podridão de tão grande pobreza

E calhar-nos-á talvez um dia um canteiro
Deitado à beira daquela estrada
Circundado por quatro caiados muros e um portão de que entrada
E que por sinal jamais te pisarás

Poesia e Fotografia de ALICE VALENTE ALVES


2 0 0 6 _ 0 3 D E Z E M B R O : por tudo

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