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a árvore ao jardim

Pensamento «territorial»

Obra (em díptico) nº 67 – «territorial» | acrílico sobre tela | 81x130cm | 2010
«CORPOtraçoCORPO – a poesia e a pintura» | (cor) Traço:Verde
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Pensamento «territorial»

Cresce-se e morre-se a pensar no território, a pensar num espaço onde se possa dominar, onde se possa parcelar a estar, e dizer, mesmo que temporariamente, quem manda aqui sou eu. Toda a parte prática da vida, ou de dita racional, é pensada ao nível do territorial, vive-se e trabalha-se para se ter coisas, coisas territoriais, terras,  quintas, casas com criados, ou coisas onde mais ninguém possa intervir e usar a não ser quem as adquire e que é pois, seu dono, e em carros, casas, livros, computadores, telemóveis, roupas, objectos e em mais mais coisas, muitas coisas... E a Terra, sim a terra essa, que sempre foi sendo dividida em muitos territórios, embora de uma terra que é indivisa, e que daqui não se sai para lado nenhum, e que até nos come, e que ainda assim, lá se vai querendo que seja partida em mil pedaços, tidas de nações, países, estados, condados, reinados, impérios, colónias, províncias, quintas, herdades herdadas, e que por fim é tornada a divisa de uma divisão  entre uns e outros. Pois, há um divisível que se quer indiviso por leis e ademais conceitos, e assim é, porque assim se pensa como tal. E invadidos e invasores, em vidas por dinheiro e trabalho, eis a guerra que se nos tem sido definida como viver.
Mas o ser humano não precisa desse territorial pensado, precisa sim e primeiro que tudo, pensar em viver por totalidade enquanto pensamento que se articula harmoniosamente com o global, e existe efectivamente uma totalidade intemporal que não precisa de espaço territorial, e que por 'sentires' é por si e em si mesmo, distante de qualquer parcelar ideia do que é territorial. É que o ser pensante que se articula com a vida através da dimensão artística, da ética e da estética ou da poética da vida, e que se 'transporta' por esses meios através da  criação, da música, da pintura, do desenho... ou de um entendimento com o enriquecimento interior, não carece de território para se completar. 
Somos o que somos nesta realidade de um viver por territorialidade, mas e a outra realidade em decrescimento previsível, porque é que ainda não é possível pensar-se em vivenciá-la por inteiro?

Riscos



RISCOS 

Riscar, riscar, riscar, riscar... apaga-se!
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A história da ebg - Estação Biológica do Garducho

(...)
Os guarda fiscais eram apelidados de "picachouriços" devido à sonda (uma vareta em ferro) que usavam para introduzir nas sacas de produtos a granel, para verificar se nelas vinham escondidos produtos de contrabando.

O posto fiscal do Garducho encontrava-se estrategicamente localizado, na cota mais elevada do concelho de Mourão, na freguesia de Granja, a 2 km da fronteira com Espanha. Foi extinto também em 1993 pela portaria 368/93 de 1 Abril.
(…)
Numa primeira fase, em 1999 o antigo posto sofre uma primeira remodelação dirigida para os dois edifícios em melhor estado de conservação, co-financiada pelo Programa LEADER, no âmbito do segundo Quadro Comunitário de Apoio (QCA II). Esta intervenção permitiu a utilização da infra-estrutura para diversas actividades, designadamente para apoiar a realização de estudos sobre a fauna da região e o desenvolvimento de actividades de sensibilização ambiental.

Em 2004, foi iniciado um projecto de remodelação do ex-posto bastante mais ambicioso, tendo em mente a instalação de uma Estação Biológica inovadora, pela junção das actividades científicas (que normalmente decorrem neste tipo de infra-estrutura), com actividades de informação ambiental, aliadas à arquitectura contemporânea, tendo presente preocupações ambientais intrínsecas ao objecto social do CEAI. Estas preocupações foram uma das premissas definidas pelo CEAI e incorporadas pela equipa projectista, através de vários sistemas e materiais de construção, como a produção de energia solar, o isolamento em aglomerado negro de cortiça, a utilização de sulipas de madeira reutilizadas no pavimento exterior e a recolha de águas pluviais. 

Em finais de 2008, concluídos os trabalhos de remodelação, a Estação Biológica do Garducho tomou o lugar do antigo posto fiscal, sendo a intervenção co-financiada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, no âmbito do QCA III.

… em 2009 … a Estação é galardoada com o Prémio FAD, o mais importante galardão da arquitectura ibérica, atribuído pela Fundação Arquifand (Barcelona, Espanha).
(…)
A descoberta da paisagem e da biodiversidade através do olhar da ciência, da arquitectura, da poesia e da arte, é a experiência que a Estação Biológica do Garducho propõe aos seus visitantes.

O CEAI ambiciona que a EBG seja uma referência a nível regional e nacional, enquanto local de estudo, conservação e divulgação da biodiversidade local, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável.

Pretende-se que a EBG contribua para a dinamização social e económica da região em que se insere, especificamente dos concelhos de Mourão, Moura e Barrancos, através do desenvolvimento de projectos de conservação da natureza, da realização de actividades de educação ambiental e da promoção do ecoturismo.

A importância ecológica da região de Moura, Mourão e Barrancos
Localizada na zona Norte da Margem Esquerda do Guadiana, a região de Moura-Mourão-Barrancos constitui local de abrigo e de reprodução de várias espécies emblemáticas e ameaçadas. A sua importância destaca-se também por ser um local de ocorrência histórica de Lince-ibérico Lynx pardinus, a espécie de felino mais ameaçada do mundo, constituindo um dos locais mais adequados para uma futura recolonização da espécie.

A sua importância ecológica reflecte-se na sua integração na REDE NATURA 2000, uma rede europeia de áreas de especial importância ecológica, constituída pela União Europeia. A classificação destas áreas está regulamentada por duas Directivas Comunitárias, a Directiva Habitats (92/43/CEE) e a Directiva Aves (79/409/CEE). A primeira identifica os habitats de relevante interesse de conservação, enquanto que na segunda encontram-se listadas as espécies de aves de maior importância conservacionista.

Na região de Moura-Mourão-Barrancos encontram-se duas áreas que integram a REDE NATURA 2000: uma Zona de Protecção Especial para as Aves (ZPE) e um Sítio de Importância Comunitária (SIC).

(…)
A diversidade de habitas e de espécies que a região encerra é portanto indiscutível e muito relevante a nível local, regional, nacional e europeu. Neste contexto, a Estação Biológica do Garducho surge como infra-estrutura catalizadora de iniciativas que pretendem contribuir para a salvaguarda e a valorização deste património, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável.

Eng.ª CARLA JANEIRO - Presidente do CEAI
Ler na íntegra texto em Doc_pdf: 
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Apresentação/Exp. das 9 obras em díptico do Traço:verde, a 8ª das 9 cores 
do projecto «CORPOtraçoCORPO – a poesia e a pintura» de Alice Valente
  
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Texto de divulgação do projecto CORPOtraçoCORPO em 2010


CORPOtraçoCORPO é um projecto multidisciplinar que teve início no ano de 2003 e que articula poesia com pintura, assinadas pela mesma artista. O projecto pictórico final integra 9 séries de pintura, cada qual, subordinada a uma cor com 9 telas em díptico. Após as 9 séries expostas, está previsto uma EXPOSIÇÃO FINAL com a presença das 81 OBRAS aquando do Lançamento do LIVRO com o mesmo nome do projecto e que irá conter 81 poemas ilustrados com as 81 obras e, em que a cada obra em seu título irá corresponder um poema com o mesmo título.

O traço: Vermelho estreou-se como a cor primeira e Vital na assinatura do CORPOtraçoCORPO

O traço: Castanho-Terra surgiu como a segunda cor do Movimento do projecto…

O traço: Água-azul-céu, 3ª e 4ª cor, criadas na horizontalidade… os azuis em sua Força espelham-se diluindo-se numa única cor…

O traço: Laranja-Lima, 5ª e 6ª cor, mais duas cores conjuntas em que os 9 dipticos do traço laranja e os 9 dipticos do traço limão apresentados na verticalidade, lado a lado, Alimento-vida, referenciam a importância do alimento da vida com o alimento na vida, doce e ácido, respectivamente na cor da laranja e na cor do limão.

O traço: Verde-Oliva, a 7ª cor, enquanto cor ou traço preciso em inteireza e Verdade.

Até ao momento, foram já expostas e apresentadas 7 das 9 cores: vermelhocastanho-terra, água-azul-céu, laranja-lima e verde-oliva. O traço:verde, a 8ª das nove cores será a próxima cor a ser apresentada e a o traço:cor-pele encerrará o ciclo das 9 cores.

O traço: Verde é a designação da 8ª das nove cores do projecto «CORPOtraçoCORPO – a poesia e a pintura» e ir-se-á firmar na relação tão enérgica quanto intrínseca do Homem com o verde, ‘verde’ das plantas, vegetais e árvores, em verde esse que necessitamos de articular, de moldar, de cultivar, de cuidar, de preservar, de uma forma tão natural quanto imprescindível ao melodioso Equilíbrio do CORPO-Ser em seu CORPONatureza.

E devido às características desta cor para com o projecto e em suas actividades, o traço:Verde será apresentado com o CEAI - Centro de Estudos da Avifauna Ibérica na ESTAÇÃO BIOLÓGICA DO GARDUCHO (Herdade dos Guizos, Mourão - Alentejo) no dia 23 de Outubro de 2010 a partir das 16h00.








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