Ou a desvirtualização da Arte:
A partir das intituladas obras de Duchamp, começou a afirmar-se:
«em arte pode fazer-se não importa o quê; qualquer objecto é uma obra de arte»
Quer isto dizer, muito simplesmente que:
E tal como acontece em política, se se der condições para se ser o eleito enquanto presumível "artista" na fabricação de uma qualquer suposta obra ou em que feito de espectacular efeito, tudo é possível vir a acontecer para que alguém se torne o tal "artista" de eleição.
E como outro exemplo, temos: Bruce Nauman na sua de obra de 1965 com o título: «o verdadeiro artista ajuda o mundo a revelar verdades místicas».
E é sobre a questão colocada por Nauman, no que é que é ser-se artista, que se lhe apresentou no início da sua carreira, e talvez numa qualquer justificação enquanto fabricante de objectos não-utilitários, que se iniciou com este trabalho, que só a frase e na suposta obra tida de arte, se traduz imediatamente do que poderá ser uma não-arte. É que para o próprio autor, esta afirmação tida de obra é o próprio desvirtuar da obra em si, como uma piada ou gozo, a ser vista publicamente em forma de anúncio de rua, mas rotulada de obra de arte. É pois a gozação da arte em seu pleno esplendor, e podemos continuar por aí fora, com o que se tem feito nesse mesmo desvirtuar das artes, até aos nossos dias. Em que agora já só ficam os ricos nomes e em seus autores, e a lembrar o ridículo da coisa, porque as obras, essas de uma nova arte são transformadas em não-arte ou coisas guardadas em museus. E tal como o que diz respeito ao que é político e económico, já todo um público ou sociedade em geral, se habituou ou se tornou de certa forma, condescendente e compreensivo para o que se está a fazer com a arte e as artes, no serem dia após dia, completamente desvirtuadas ou transformadas em não-arte.
Temos efectivamente um enorme problema em mãos:
Afinal se assim é nesta possibilidade de tornar em moda ou em eleição de uma nova arte em não-arte. Para que serve afinal o Ensinar ou uma Escola ou depois uma Faculdade de Artes? Para se conseguir efectivamente desvirtuar cada vez mais o próprio sentido da vida, pondo de lado esses mesmos valores da vida e em sua ética e estética, e que sempre fizeram parte das Artes e do que é Artístico?
E porque na animosidade categórica da arte para quem a desvirtua, a fazer arte dando-lhe uma dinâmica de não-arte, é uma forma bastante mercantilista ou freudiana de se ser artista.
Agora vejamos:
Ao se assistir ao que se vai dizendo por aí em palavras e mais palavras ou tanto palavreado de professores, especialistas ou artistas-congressistas, numa qualquer revelação desse novo fenómeno do que é a não-arte e em qual sua função efectiva, retomemos então a questão: que interessa ou o que se levou desse momentos presenciados? Quanto a mim e ao que me é dado assistir, nada de nada! Dá-nos mais a ideia, de que algo terá de surgir a desvelar essa fraude, senão para já, talvez só até todos se fartarem de tamanho logro, a ainda continuarmos mais uns tempos a presenciar esta ridicularidade de se fazer arte, tão demonstrativa quanto ilustrativa do que é esta nova moda e em seus designers tidos de artistas, a decorar salas, galerias e em quantos mais museus e por que afins.
E claro está, quem está ou irá beneficiar com tudo isto?
As novas e já tão generalizáveis e interessantes profissões que por aí reinam: arte-terapia, musico-terapia, cinema-terapia, pintura-terapia, drama-terapia, dança-terapia e por aí fora e depois também sei lá que tal: poesia-terapia e porque não também: escrita-terapia, enfim... e mais terapêuticas invencionices virão... de se ensinar arte através de uma qualquer curativa ou estimulante auto-ajuda, agora muito em moda e até muito presente para os que se fazem à vida, pelas vias do que é psicológico nas suas psicanalíticas e freudianas de tão desgarradas ideias e em quais ensinadores de uma nova escola do que virá a ser a futura Educação Artística. È uma piada, dá vontade de rir e num abanar a cabeça, pois...!
O que quererá então dizer tudo isto?
Que no futuro, seremos todos doentes e aprendizes a precisar de uma qualquer obrigatória terapia muito bem roubada às artes, mas note-se bem: já sem artes e sem artistas. Esses já deixaram de ser precisos há muito tempo. Agora só mesmo os tais "artistas" ou eleitos e em que eleição, fabricados aqui além e acolá, para ensinar essa tal arte, e em quais escolas de novos e oportunos professorados ou dos que se fizeram à quantidade negociável das decorativas e performativas ideias de uma não-arte!
E por aí, satisfeitos ou contentinhos, necessariamente contributivos para esta interessante era de consumismos estabilizadores do que é a psicológica via de se ser com tudo nos seus eixos devidos, dos eleitos e em seus eleitores.
E depois como será com os tais, mais que defraudados das muitas curandices e em que curadorias. Logo se verá!
E a aguardar pelo que virá:
Assim, aqui estamos nós a assistir com toda a naturalidade à manipulação, deturpação e uso das artes de forma a serem desvirtuadas por completo. Até quando?
E com o avalo do Ministério da Educação e em seus entendidos especialistas e em que já pouco faltou para se vir a prescindir do Ensino do que é Artístico. Ou seja está-se no bom caminho do negócio de se ensinar forçosamente a usar as artes (e depois também com a ajuda do Ministério da Cultura) de uma forma enviesada no nada de nada para se aprender, porque o que pretenderá vir a ser ensinado pelos seus apossadores ou nos que nada sabem da prática do que são as artes e do que é Artístico mas porque cursados de um nome para esse mesmo fim, a tornarem-se como tal os eleitos para um ensino de artes a fingir e do faz-de-conta.
É que estas vias enviesadas de se usar a Arte é afinal ficarmo-nos só pelo que é a sensibilização sem vivenciar ou praticar, é isso que se pretende? Parece-me que sim!
E por isso aí temos nós em Portugal o bom exemplo da actual estado da Dança. Aos que se formam em Dança: o andarem para aí todos a ensinar qualquer coisinha ou como se de um desporto se tratasse ou então através de uma corporalidade e em que terapêuticas e sagazes ideias de aniquilar por completo a Dança enquanto Arte. É ridículo o que está a acontecer em prol de se ganhar muito dinheirinho já já e agora e a deixar-se promiscuir as Artes e o que é Artístico.
A partir das intituladas obras de Duchamp, começou a afirmar-se:
«em arte pode fazer-se não importa o quê; qualquer objecto é uma obra de arte»
Quer isto dizer, muito simplesmente que:
E tal como acontece em política, se se der condições para se ser o eleito enquanto presumível "artista" na fabricação de uma qualquer suposta obra ou em que feito de espectacular efeito, tudo é possível vir a acontecer para que alguém se torne o tal "artista" de eleição.
E como outro exemplo, temos: Bruce Nauman na sua de obra de 1965 com o título: «o verdadeiro artista ajuda o mundo a revelar verdades místicas».
E é sobre a questão colocada por Nauman, no que é que é ser-se artista, que se lhe apresentou no início da sua carreira, e talvez numa qualquer justificação enquanto fabricante de objectos não-utilitários, que se iniciou com este trabalho, que só a frase e na suposta obra tida de arte, se traduz imediatamente do que poderá ser uma não-arte. É que para o próprio autor, esta afirmação tida de obra é o próprio desvirtuar da obra em si, como uma piada ou gozo, a ser vista publicamente em forma de anúncio de rua, mas rotulada de obra de arte. É pois a gozação da arte em seu pleno esplendor, e podemos continuar por aí fora, com o que se tem feito nesse mesmo desvirtuar das artes, até aos nossos dias. Em que agora já só ficam os ricos nomes e em seus autores, e a lembrar o ridículo da coisa, porque as obras, essas de uma nova arte são transformadas em não-arte ou coisas guardadas em museus. E tal como o que diz respeito ao que é político e económico, já todo um público ou sociedade em geral, se habituou ou se tornou de certa forma, condescendente e compreensivo para o que se está a fazer com a arte e as artes, no serem dia após dia, completamente desvirtuadas ou transformadas em não-arte.
Temos efectivamente um enorme problema em mãos:
Afinal se assim é nesta possibilidade de tornar em moda ou em eleição de uma nova arte em não-arte. Para que serve afinal o Ensinar ou uma Escola ou depois uma Faculdade de Artes? Para se conseguir efectivamente desvirtuar cada vez mais o próprio sentido da vida, pondo de lado esses mesmos valores da vida e em sua ética e estética, e que sempre fizeram parte das Artes e do que é Artístico?
E porque na animosidade categórica da arte para quem a desvirtua, a fazer arte dando-lhe uma dinâmica de não-arte, é uma forma bastante mercantilista ou freudiana de se ser artista.
Agora vejamos:
Ao se assistir ao que se vai dizendo por aí em palavras e mais palavras ou tanto palavreado de professores, especialistas ou artistas-congressistas, numa qualquer revelação desse novo fenómeno do que é a não-arte e em qual sua função efectiva, retomemos então a questão: que interessa ou o que se levou desse momentos presenciados? Quanto a mim e ao que me é dado assistir, nada de nada! Dá-nos mais a ideia, de que algo terá de surgir a desvelar essa fraude, senão para já, talvez só até todos se fartarem de tamanho logro, a ainda continuarmos mais uns tempos a presenciar esta ridicularidade de se fazer arte, tão demonstrativa quanto ilustrativa do que é esta nova moda e em seus designers tidos de artistas, a decorar salas, galerias e em quantos mais museus e por que afins.
E claro está, quem está ou irá beneficiar com tudo isto?
As novas e já tão generalizáveis e interessantes profissões que por aí reinam: arte-terapia, musico-terapia, cinema-terapia, pintura-terapia, drama-terapia, dança-terapia e por aí fora e depois também sei lá que tal: poesia-terapia e porque não também: escrita-terapia, enfim... e mais terapêuticas invencionices virão... de se ensinar arte através de uma qualquer curativa ou estimulante auto-ajuda, agora muito em moda e até muito presente para os que se fazem à vida, pelas vias do que é psicológico nas suas psicanalíticas e freudianas de tão desgarradas ideias e em quais ensinadores de uma nova escola do que virá a ser a futura Educação Artística. È uma piada, dá vontade de rir e num abanar a cabeça, pois...!
O que quererá então dizer tudo isto?
Que no futuro, seremos todos doentes e aprendizes a precisar de uma qualquer obrigatória terapia muito bem roubada às artes, mas note-se bem: já sem artes e sem artistas. Esses já deixaram de ser precisos há muito tempo. Agora só mesmo os tais "artistas" ou eleitos e em que eleição, fabricados aqui além e acolá, para ensinar essa tal arte, e em quais escolas de novos e oportunos professorados ou dos que se fizeram à quantidade negociável das decorativas e performativas ideias de uma não-arte!
E por aí, satisfeitos ou contentinhos, necessariamente contributivos para esta interessante era de consumismos estabilizadores do que é a psicológica via de se ser com tudo nos seus eixos devidos, dos eleitos e em seus eleitores.
E depois como será com os tais, mais que defraudados das muitas curandices e em que curadorias. Logo se verá!
E a aguardar pelo que virá:
Assim, aqui estamos nós a assistir com toda a naturalidade à manipulação, deturpação e uso das artes de forma a serem desvirtuadas por completo. Até quando?
E com o avalo do Ministério da Educação e em seus entendidos especialistas e em que já pouco faltou para se vir a prescindir do Ensino do que é Artístico. Ou seja está-se no bom caminho do negócio de se ensinar forçosamente a usar as artes (e depois também com a ajuda do Ministério da Cultura) de uma forma enviesada no nada de nada para se aprender, porque o que pretenderá vir a ser ensinado pelos seus apossadores ou nos que nada sabem da prática do que são as artes e do que é Artístico mas porque cursados de um nome para esse mesmo fim, a tornarem-se como tal os eleitos para um ensino de artes a fingir e do faz-de-conta.
É que estas vias enviesadas de se usar a Arte é afinal ficarmo-nos só pelo que é a sensibilização sem vivenciar ou praticar, é isso que se pretende? Parece-me que sim!
E por isso aí temos nós em Portugal o bom exemplo da actual estado da Dança. Aos que se formam em Dança: o andarem para aí todos a ensinar qualquer coisinha ou como se de um desporto se tratasse ou então através de uma corporalidade e em que terapêuticas e sagazes ideias de aniquilar por completo a Dança enquanto Arte. É ridículo o que está a acontecer em prol de se ganhar muito dinheirinho já já e agora e a deixar-se promiscuir as Artes e o que é Artístico.
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