Este texto é a continuação do meu post «Instinto e Inteligência em BERGSON» e como resposta aos importantíssimos comentários de ALF.
ALF: Mas sei que a minha "Inteligência" vem do Inconsciente e não do consciente; e que o papel deste é sobretudo questionar as respostas do inconsciente, ou seja, da Intuição do Bergson.
ALF: Ou seja, no fundo, estou de acordo com o Bergson e contigo na ideia de que a Intuição é fundamental, só que não gosto da palavra "Intuição" a não ser que se esclareça que se trata de "inteligência inconsciente"; e não estou de acordo quando ao papel do consciente, embora também não saiba defini-lo com muita clareza.
Apesar de ALF não gostar do termo de «Intuição» e eu não gostar do termo de «Inteligência», em termo este que sei que gosta e tem desenvolvido estudos, através de uma classificação exposta por vários níveis, etapas ou processos de inteligência, um trabalho completamente ímpar e que muito tenho apreciado, acompanhado e aprendido. Embora o colocar a Inteligência em tudo, mesmo com os vários níveis que o ALF define de inteligência e incluindo não só o consciente mas também o inconsciente nesse mesmo processo, possa ser muito, mas muito perigoso.
Por isso há a salientar, como a inteligência sempre foi tida: enquanto autoridade do pensamento. E por concordar com Bergson, eu recorra ao seu trabalho e crítica que faz sobre a Inteligência, nessa mesma distinção entre "inteligência" dum lado e, do outro lado, "instinto e intuição". E quando eu me referia em post´s anteriores a essa minha necessidade de um «Entendimento» que está muito acima do que é a Inteligência e a usar, o termo "Entendimento" não para o que é inteligível e em sua compreensão, mas sim desse entendimento que urge e que está para além do que existe em nós (de inconsciente e até de subconsciente) como sendo a mais-valia, para que se dê efectivamente a Evolução com toda a naturalidade e a que Bergson define como Evolução Criadora.
Nesta afirmação de ALF: Quanto à ideia de que a "intuição" tem a ver com "coisas", ou "conhecimentos" e a "inteligência" com "relações"
É afinal, contraditória ao que afirmei: … a inteligência faz naturalmente uso das relações e em que para o conhecimento nato, as coisas estão para a inteligência tal como as relações estão para o instinto.
E o perigo está em que a inteligência pretende abarcar tudo e ter todo o domínio sobre "o todo" e ainda sobre a vida e o pensamento e que até frisei na frase (do meu comentário ) e que destaco aqui (em bold) e exactamente porque "há coisas que apenas a inteligência pode procurar" a dar exemplo das muitas teorias que vai construindo, ela ainda pretende ter todo e qualquer domínio sobre a vida e o pensamento.
É que colocar o inconsciente do lado do que é a inteligência ou do lado do que a inteligência nos reserva, é tentar tornar o inconsciente o que ele não é, uma mera "coisa" fechada em si mesma e permissível ao que a ciência (d'agora) e as religiões (d'outrora e ainda d'agora) sempre o tentaram ou ainda tentam submeter: dotando-o de incapacidade. É que o consciente, perante a acção das actividades do que é inteligível, e embora pareça que o consciente tenha "um querer" autónomo ele só se poderá afirmar em "querer" quando a relação se dê em consciência pelo inconsciente (em Intuição). É que um pensamento ou um pensamento verdadeiro só vem ou acontece quando quer e não quando se pensa que se quer ou que cada pessoa quer que assim seja. Esse tal pensamento fruto do inconsciente não é o mesmo que é considerado de pensamento pela inteligência ou o pensamento relativo ao consciente e que tem pois o significado de memória, de memorizar feito de hábitos ensinados ou mecanizados.
ALF: O Inconsciente não é omnisciente. Nem sempre acerta. Ele obedece aos critérios que tem programados que eu nem sempre sei quais são. Tenho de analisar com cuidado as indicações que dele recebo.
E relativamente à acção da Intuição ou do Inconsciente na inteligência, tal como ALF e eu habitualmente pomos em prática, a Intuição ou «Inconsciente-inteligente» (e aqui já para usar um novo termo que seja mais adequado às teorias de ALF e em alternativa à "inteligência inconsciente" que propôs), precisamente porque respeitar cegamente o que nos é imposto, torna-se de tal forma um mal tão natural e porque associada a uma inteligência consciente e que se poderá intitular de pensamento sem boa-vontade ou pensar em má-vontade (naquilo que teremos de nos submeter e conscientemente aceitar), caminho a que o progresso se tem afirmado como seguramente inteligível. Ora como eu considero que existe uma Vontade (que nos é exterior) e que inclui: uma má-vontade e uma boa-vontade. E em Boa-Vontade onde os Desejos estarão inteira e autonomamente a serem direccionados ou bem relacionados. E quando falo de Desejo ou desejos, considero-os sempre o que melhor existe em nosso pensamento e porque atidos a uma qualquer força de expoente máximo da nossa capacidade de pensar com toda a ética e estética.
ALF: Esta é uma matéria onde a nossa ignorância é abissal...
Mas como Progresso não é Evolução e em que por sua vez, Evolução não é Progresso, quero com isto dizer e a questionar: O que dizer ou o que fazer ao tão desconsiderável caminho ao qual temos progredido ou prosseguido teimosamente e que se tem desviado da Evolução a que o Inconsciente e em boa vontade nos tem querido por sua vez, encaminhar?
ALF embora se apresente como anónimo na net eu conheço-o pessoalmente e está fazer um admirável trabalho de investigação por gosto e conta própria, para além de ser um grande crítico da ciência. E os seus estudos e textos têm sido apresentados nos seus blogues: «outra física» e «outra margem».
ALF: Mas sei que a minha "Inteligência" vem do Inconsciente e não do consciente; e que o papel deste é sobretudo questionar as respostas do inconsciente, ou seja, da Intuição do Bergson.
ALF: Ou seja, no fundo, estou de acordo com o Bergson e contigo na ideia de que a Intuição é fundamental, só que não gosto da palavra "Intuição" a não ser que se esclareça que se trata de "inteligência inconsciente"; e não estou de acordo quando ao papel do consciente, embora também não saiba defini-lo com muita clareza.
Apesar de ALF não gostar do termo de «Intuição» e eu não gostar do termo de «Inteligência», em termo este que sei que gosta e tem desenvolvido estudos, através de uma classificação exposta por vários níveis, etapas ou processos de inteligência, um trabalho completamente ímpar e que muito tenho apreciado, acompanhado e aprendido. Embora o colocar a Inteligência em tudo, mesmo com os vários níveis que o ALF define de inteligência e incluindo não só o consciente mas também o inconsciente nesse mesmo processo, possa ser muito, mas muito perigoso.
Por isso há a salientar, como a inteligência sempre foi tida: enquanto autoridade do pensamento. E por concordar com Bergson, eu recorra ao seu trabalho e crítica que faz sobre a Inteligência, nessa mesma distinção entre "inteligência" dum lado e, do outro lado, "instinto e intuição". E quando eu me referia em post´s anteriores a essa minha necessidade de um «Entendimento» que está muito acima do que é a Inteligência e a usar, o termo "Entendimento" não para o que é inteligível e em sua compreensão, mas sim desse entendimento que urge e que está para além do que existe em nós (de inconsciente e até de subconsciente) como sendo a mais-valia, para que se dê efectivamente a Evolução com toda a naturalidade e a que Bergson define como Evolução Criadora.
Nesta afirmação de ALF: Quanto à ideia de que a "intuição" tem a ver com "coisas", ou "conhecimentos" e a "inteligência" com "relações"
É afinal, contraditória ao que afirmei: … a inteligência faz naturalmente uso das relações e em que para o conhecimento nato, as coisas estão para a inteligência tal como as relações estão para o instinto.
E o perigo está em que a inteligência pretende abarcar tudo e ter todo o domínio sobre "o todo" e ainda sobre a vida e o pensamento e que até frisei na frase (do meu comentário ) e que destaco aqui (em bold) e exactamente porque "há coisas que apenas a inteligência pode procurar" a dar exemplo das muitas teorias que vai construindo, ela ainda pretende ter todo e qualquer domínio sobre a vida e o pensamento.
É que colocar o inconsciente do lado do que é a inteligência ou do lado do que a inteligência nos reserva, é tentar tornar o inconsciente o que ele não é, uma mera "coisa" fechada em si mesma e permissível ao que a ciência (d'agora) e as religiões (d'outrora e ainda d'agora) sempre o tentaram ou ainda tentam submeter: dotando-o de incapacidade. É que o consciente, perante a acção das actividades do que é inteligível, e embora pareça que o consciente tenha "um querer" autónomo ele só se poderá afirmar em "querer" quando a relação se dê em consciência pelo inconsciente (em Intuição). É que um pensamento ou um pensamento verdadeiro só vem ou acontece quando quer e não quando se pensa que se quer ou que cada pessoa quer que assim seja. Esse tal pensamento fruto do inconsciente não é o mesmo que é considerado de pensamento pela inteligência ou o pensamento relativo ao consciente e que tem pois o significado de memória, de memorizar feito de hábitos ensinados ou mecanizados.
ALF: O Inconsciente não é omnisciente. Nem sempre acerta. Ele obedece aos critérios que tem programados que eu nem sempre sei quais são. Tenho de analisar com cuidado as indicações que dele recebo.
E relativamente à acção da Intuição ou do Inconsciente na inteligência, tal como ALF e eu habitualmente pomos em prática, a Intuição ou «Inconsciente-inteligente» (e aqui já para usar um novo termo que seja mais adequado às teorias de ALF e em alternativa à "inteligência inconsciente" que propôs), precisamente porque respeitar cegamente o que nos é imposto, torna-se de tal forma um mal tão natural e porque associada a uma inteligência consciente e que se poderá intitular de pensamento sem boa-vontade ou pensar em má-vontade (naquilo que teremos de nos submeter e conscientemente aceitar), caminho a que o progresso se tem afirmado como seguramente inteligível. Ora como eu considero que existe uma Vontade (que nos é exterior) e que inclui: uma má-vontade e uma boa-vontade. E em Boa-Vontade onde os Desejos estarão inteira e autonomamente a serem direccionados ou bem relacionados. E quando falo de Desejo ou desejos, considero-os sempre o que melhor existe em nosso pensamento e porque atidos a uma qualquer força de expoente máximo da nossa capacidade de pensar com toda a ética e estética.
ALF: Esta é uma matéria onde a nossa ignorância é abissal...
Mas como Progresso não é Evolução e em que por sua vez, Evolução não é Progresso, quero com isto dizer e a questionar: O que dizer ou o que fazer ao tão desconsiderável caminho ao qual temos progredido ou prosseguido teimosamente e que se tem desviado da Evolução a que o Inconsciente e em boa vontade nos tem querido por sua vez, encaminhar?
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